O transtorno de personalidade borderline (ou limítrofe) é um transtorno mental caracterizado por comportamentos, humor e relacionamentos instáveis que acabam por causar enorme sofrimento para o paciente. Esse nome pode significar “no limite” ou “na fronteira”, fazendo alusão a como a pessoa se sente com tal doença, ou por ela estar entre os transtornos neuróticos e psicóticos, ou seja, na fronteira entre um e outro.
Apesar de muito confundido com o Transtorno Bipolar, o que difere esses dois transtornos é o tempo que duram as mudanças de humor, no caso do bipolar as mudanças ocorrem em ciclos que podem durar semanas ou meses. Já no borderline podem ocorrer mudanças bruscas na forma como a pessoa enxerga ela mesma ou os outros, sendo muito comum uma mudança de amor para ódio, ou de alegria para tristeza em questão de minutos ou horas, como estados de humor flutuantes.
Por se tratar de uma doença que atinge a personalidade da pessoa, que é o conjunto de pensamentos, comportamentos e sentimentos, acaba por gerar grande mal-estar, sensação de vazio, além de causar grandes desentendimentos nas relações interpessoais.
Outro grande sintoma é o medo do abandono, seguido de sensação de culpa causada pela raiva de si mesmo que surge após suas ações, pois a pessoa com esse transtorno costuma agir e só depois pensar, ao invés de pensar racionalmente e então agir.
Esse transtorno é um dos mais lesivos, podendo levar ao abuso de substâncias, como álcool e drogas, agressões físicas, automutilação e em casos mais graves, suicídio.
Sinais e Sintomas
• Raiva excessiva inapropriada e incompatível com o motivo;
• Ansiedade extrema;
• Sentimento crônico de vazio;
• Intolerância à frustração;
• Medo do abandono;
• Impulsividade intensa que pode levar a atos autodestrutivos como direção perigosa, gasto extremo, vícios em jogos etc;
• Instabilidade persistente nas emoções e/ou autoimagem;
• Relacionamentos instáveis e intensos que alternam entre idealização e desvalorização da pessoa.
Diagnóstico
Não existem exames de sangue ou imagem que diagnosticam esse transtorno, por isso o paciente será analisado por um profissional da saúde mental habilitado que fará o diagnóstico baseado em seus sintomas e histórico.
Tratamento
O tratamento será feito por meio de uma combinação de psicoterapia, para entender melhor o transtorno e aprender a lidar com ele e fármacos receitados pelo psiquiatra, que ajudarão a controlar o humor instável e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Apesar desse transtorno não ter cura, é importante fazer o tratamento para que o bem-estar do paciente aumente devido às pequenas mudanças somadas, como o maior controle dos impulsos, maior tolerância à frustração e relações mais estáveis.
O apoio da família e amigos também é necessário visto que, além de fazer a pessoa se sentir amada, aumenta as chances da continuidade do paciente no tratamento.
(Texto de Alessandra de Moraes)
Abraços
Equipe NIDH