Só existe um problema filosófico realmente sério: é o suicídio.
Julgar se a vida vale ou não vale a pena ser vi- vida é responder à questão fundamental da filosofia.
O resto, se o mundo tem três ou quatro dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vêm em seguida. (Albert Camus)
O suicídio é um tema geralmente evitado pelas pessoas, seja pelo tabu que ele representa, ou pelo medo de que ao falar sobre, acabe por incentivar outros a cometerem o ato também. Porém, com o aumento significativo de casos, se quisermos reverter essa situação, tal tema não poderá permanecer às escondidas.
Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) mostram que apenas em 2019 mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio no planeta, o que representa uma pessoa a cada 100 mortes.
A perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por orientação sexual e identidade de gênero e doenças crônicas ou psicológicas são alguns dos fatores que podem levar à ideação suicida, sendo esse último sua principal causa.
Determinados comportamentos como descaso com a higiene e cuidados pessoais, transtornos alimentares, pouca socialização com amigos e familiares, distúrbios do sono e correr riscos desnecessários, como dirigir perigosamente ou fazer o uso de drogas devem ser sinais de alerta que podem estar associados a futuras tentativas de suicídio.
Além disso, pessoas com transtornos de humor, como depressão e bipolaridade, psicoses, transtornos de ansiedade, demências e transtornos de personalidade como borderline devem ser observados atentamente.
Uma rede de apoio (amigos e familiares), atendimento psiquiátrico e psicológico e monitoramento regular são algumas formas de prevenção do suicídio.
Em caso de emergências procure o seu psicólogo, visite um CAPS ou ligue para o número 188 e converse com um voluntário do CVV (Centro de Valorização da Vida).
(Texto de Alessandra de Moraes)
Fonte: Suicídio – a vida não pode parar
Capítulo 7: Aspectos psicológicos no suicídio – coautora Maíra Amaral de Andrade
Abraços,
Equipe NIDH